May 27, 2025

CFA presentes na Trienal de Lisboa

Após a presença na Bienal de Arquitetura de Veneza, a CFA estará presente na 6ª edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa, através da exposição “In Conflit” que será reaberta ao público no palácio Sinel de Cordes. 

O tema desta Trienal foca-se na “Terra”, incorporando esta uma declaração de intenção e um apelo à ação. A edição propõe uma reflexão sobre a necessidade de transição do atual modelo de sistema fragmentado e linear – marcado pelo uso excessivo de recursos – para um modelo mais sustentável, circular e abrangente. Este novo paradigma visa promover um equilibrio mais profundo e duradouro entre comunidades, recursos e processos, incentivando práticas mais responsáveis e integradas no campo da arquitetura e do urbanismo.

Assim, a instalação em destaque volta a ser “A Metáfora do Olhar” representativa da obra “Ilha da Bela Vista”. Esta funciona como uma representação simbólica do papel das persianas e dos bancos enquanto elementos de mediação na habitação coletiva. Inspirada no modelo de habitação das ilhas do Porto, a instalação explorou a relação entre interior e exterior, bem como a forma como os habitantes interagem com o espaço envolvente.

A persiana foi utilizada como elemento-chave da instalação, simbolizando a transição entre a vida privada e pública. Para além de regular a entrada de luz e permitir diferentes níveis de privacidade, este elemento também carrega uma forte carga simbólica. Representa o olhar discreto de quem habita estes espaços, estabelecendo uma ponte entre a cidade densa e a cidade invisível dentro das ilhas.


Já o banco, outro componente essencial da instalação, simbolizou o ponto de encontro entre os vizinhos. Mais do que um simples assento, este elemento materializa o ato de observar, de escutar e de partilhar experiências do quotidiano. No contexto das ilhas do Porto, os bancos são espaços de interação e cumplicidade, onde a vida comunitária se desenvolve e se perpetua através de memórias coletivas.


A instalação “A Metáfora do Olhar” procurou assim captar a essência da habitação nas ilhas, refletindo sobre a forma como os elementos arquitetónicos condicionam e enriquecem a experiência de habitar. Através de uma abordagem sensorial e simbólica, o projeto da CFA destacou a arquitetura como um fator de ligação entre o indivíduo, o espaço e a comunidade, reafirmando a importância da arquitetura participativa na construção de um ambiente urbano mais humano e inclusivo.

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